Cem ilusões
Vou conter as palavras, contar as lavras
Comer favos de mel e esperar ser salva
Vou silenciar a espera, aquietar quimera
E aproveitar primavera entre ervas, eras
Vão tomando conta, semeando a ilusão
E espalhando veneno ao pobre coração
Vou fechar os olhos, fechar porta torta
Range baixo, e finge que não se importa
Que as paredes nuas de cores tão cruas
Frias não aquecem minh'alma que é tua
Espere! Espero, madrugada devora a lua
Prateado belo fica do outro lado da rua.