CANTO DE POETA   (amor absoluto)






Ó, minha vida vivida...
Quando eu morrer, quero que a tua
nave de fogo desperte todos os túneis
adormecidos.
Quero que passe a tua mão sobre a
minha molhada areia.
Que cheires o meu amor por onde eu
andei.
Quero que respires a minha atmosfera.
E deslize pelo os céus a minha humilde
bandeira, e a todos anuncie o meu grito.
Se possível pinte as pupilas dos que não
sabem amar o amor.
Recolha e destrua todas as ausências de
sentimentos contida nos seres humanos.
Nas manhãs...
Nas tardes...
E noites, bata de porta em porta e entregue
O meu sangue sacramentado para que ele
continue vivo.
Aos que amo tanto, diga-os que
O meu canto de poeta transpassará todos
Os céus, as terras... e os esperarei com o
meu amor absoluto,
na eternidade.