VIVER NÃO É PARA PRINCIPIANTES
Sou errante
Problemas nenhum com isso
A vida não dá trégua
Não passa de lembranças, amizades e amores destruídos com o tempo
A vida não oferece o seio da mãe
Quando se vê, já foi...
Acordado, prefiro o adormecer
Adormecido, logo sou abatido pela insônia
Poucos esperam
Tudo é rápido, sem tempo e escolhas definidas
Deram ADEUS à paciência
Não aguardam o abaixar das poeiras
A vida é efêmera
Espanca com força
Esperanças se vão
Vive-se de uma falsa perseverança e aplaca-se a falta em um outro
Errando na vida dos que procuram somente a felicidade
Principiante no enredo doméstico e das intimidades
Mentimos para nós mesmos
E me afogo na realidade, pois temos medo do assombrado passado
A vida não dá trégua
A vida é efêmera
A vida não oferece seio
A vida não é para principiantes
Lúcio Alves de Barros (outubro de 2007)