RECOMEÇO
Após tempestade
Vem sempre a bonança.
O céu, agora, brilha.
Colherei, do lodo,
Neste urgente instante,
A semente enterrada
Do mal planejado,
Em março passado:
O êxito sonhado
Que virou fracasso
Quando, então, chegou
A chuva de abril
Que mentiu pro sol
Que a imprensa emitiu...
Deixando-me a sós
Minha gota de
Melancolia ácida
Com a chuva de
Seu Divino engano...
Após tempestade
Sempre vem a bonança.
O céu, agora, brilha.
Irei plantar, na úmida
Terra, essa semente
Neste esperançoso
Momento: a Vida,
Que farei brotar
Neste mês de maio...
Eu não tenho dúvida
De que a gota, agora,
Tornar-se-á benção
De muis alegrias
Com a chuva que
Deus a banhará
E a saciará...
A semente que, então,
Será o doce fruto
De minha presente
(Porém) nova vida.