MÁSCARAS.
Tocante se reparamos...
As máscaras destacam o olhar.
Beleza que não se disfarça.
Que por timidez ignoramos...
Ou por apenas ignorar.
Então fitemos.
Mas... Devagar.
Com certa candura...
Pra não assustar.
Nota-se o corpo...
O cabelo...
E na salvação da humanidade...
Nota-se um sorriso.
Mas e o olhar?
Máscaras.
Pomos muitas.
Para eganar.
Para nos proteger.
Para nos enganar sobre nós.
Trocamos de tempos em tempos.
As vezes necessárias.
As vezes nem tanto.
As vezes retiramos...
Em um ato de alívio.
E deixamos transparecer...
Toda a nossa beleza...
Carregada de humanidade...
De defeitos e impureza.
Ganha-se o dia inteiro...
Quem faz brotar um riso alheio...
Em quem mascara o próprio encanto...
Por temer um desencanto.
Quando o verbo for "estar"...
Nossas máscaras retiramos...
E por reação à empatia...
Nos despiremos por inteiro...
Ou talvez quase um tanto.