O amor se fazia rendado

Já morei no triste,

namorei o alegre,

já fui bagaço,

fui cana.

Já fui a ponta que vai à boca,

já fui pimenta (caiana).

Ao santo que me queixo,

gemi como o vento que leva a jangada,

mas corei de risos doces

desgostos de tantos rostos pousados à minha calçada.

É que à poesia,

azul dos açoites,

o amor se fazia rendado.