Brilha brilha Estrelinha

Um mistério de antevida

Um mistério de pós paixão

Um mistério de pós estar

Um mistério de ainda amar

O ser-lampejo

—Fotografado—

Num bem-vindo aguardado

Num tchau, quase não dado

A uma vida sem lida

Só no tecer-se essencial

—Parado—

A uma morte "sem vida"

Que deu na celestial

—Fundado—

(O Amor é homogêneo

Numa parte é todo

O Amor é sem tempo

Se decidiu

É eterno)

A luz da Estrelinha morta até hoje chega

E aquece

—E nada em mim a esquece—

E brilha ainda

No meu ser

No meu céu

E noutro Céu

E noutro Ser

David Ariru
Enviado por David Ariru em 01/09/2020
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