OUTONO DA ALMA

Neste teu coração eu já estive

Abri por dentro sem ter chave

Nos dias em que ele sangrava

Meu carinho ajudou na cura.

E o que era a corrente de um rio

Constante, forte e cheio de vida

Desviou-se, tornando-se um fio

Deixando apenas a recordação.

Murcharam as minhas folhas

Talvez seja apenas a estação

Uma fase dessa alma sincera

Que não mudou nem mudará.

O amor é raiz da perseverança

Esperança que a chuva voltará

Que o fio que resta é resiliente

E que ainda encherá teu mar.