Pro(cura-se) a mulher

Por @andreaagnus.

Nascida em cativeiro

Sob a égide do bom senso

Em território estrangeiro

De si mesma,

Pro(cura-se) a mulher

Enclausurada em trivial violência

Foi domesticada em palavras não ditas

Sufocada no aprendizado da impotência.

Em amargas penas pagas

Poderia encontrar

A própria jaula aberta

Com saída certa.

Mas, não corre.

Não clama por ajuda.

— Mulher, por que não te libertas?

Segue teu instinto

Legítimo

Verdadeiro

Abraça à tua essência.

30 de outubro de 2019.

(Publicado na antologia poética Procura-se a Mulher - 2020).

Andréa Agnus
Enviado por Andréa Agnus em 11/08/2020
Reeditado em 15/01/2021
Código do texto: T7032479
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