VEM

Não te demores tanto,

A tarde cai rápido

E a noite fria chega, de ímpeto,

Gelando-me a alma

Na solidão escura que envolve e dilacera.

Vem, sem mais delongas,

Pois a vida escorre por entre os dedos

E quando se nota, já se foi.

Agiliza os passos na estrada

Que o olhar te busca e espera

Quero sentir um frêmito de

Encantamento e êxtase

Ao vislumbrar-te a silhueta no horizonte.

Nós nos sentaremos à beira da fogueira

E ouviremos o canto do curiango

Lá na mata à beira do rio;

Falaremos das estrelas e pirilampos

À luz do fogo e do luar.

E o firmamento todo a nos preencher

Os dias passados em vão.

Vem, que ainda há tempo,

Ainda podemos viver o verde

Que envolve e faz volitar

Como andorinhas em pleno verão.

Suely Buosi
Enviado por Suely Buosi em 31/07/2020
Código do texto: T7022527
Classificação de conteúdo: seguro