TERRA ARDENTE
TERRA ARDENTE – João Nunes Ventura-07/2020
Quando no sertão o sol é quente
Carro de boi segue sua estrada,
Amor do vaqueiro por sua boiada
Cabra berrando na terra ardente.
E me despeço da vida no sertão
Que a água da cacimba já secou,
Banhado só meu rosto que ficou
Com lágrimas rolando pelo chão.
Sou sertão terra de barro batido
De tristeza chorei amor querido
A saudade o verde da plantação,
Não quero esmola sim o estudo
Do trabalhador no amor o futuro
Que água boa banhe meu sertão.
Pensei tanta aflição tamanha dor
E a vida por tanta gente ignorada,
Solo da gente nossa terra amada
E por ela nós morremos de amor.
Milagrosa água e o solo irrigando
Que bom nunca mais seca existir,
Que o nordestino festeja rezando
Terra nossa e não vamos desistir.
Vem a água pelos canais rolando
É o progresso chegando por aqui.