Caminhos


Sob a luz que centelha,
abrigando palavras altivas,
Carregas o coração nos lábios,
Pulsando desejos e segredos...

Adentrando-se nesta densa mata,
Ouve-se sons de borboletas recolhidas,
Acotovelar de galhos retorcidos,
Bichos homens e mulheres invisíveis.

Não há caminho de volta.
A paixão é uma via de fato
De cortes nítidos e agressiva.

Mas o amor, este que carregas,
Só se vê depois das copas e arbustos,
No grande campo de trigo ou no pequeno grão de arroz.