Esta tarde há de chorar
As folhas do pé de mexerica anunciam
Que esta tarde há de chorar
Estão viradas para o céu
As águas de verão esta terra hão de molhar
Balança os galhos, o vento sem cessar
As folhas amarelas transitam
Flutuam e pairam sobre ar
É vento de chuva
O azul toma dores de cinzas
E o dia escurece
Relâmpagos e trovoadas anunciam
Que esta tarde há de chorar.
“Que estas tardes chorem
Mas as manhãs, riem-se”.