À ESPERA DE MORFEU
A tarde vinha de mansinho
ao encontro da noite,
de repente, espreguiçou-se meio sonolenta
e até dengosa adormeceu,
deixando-me sozinha
a contemplar as primeiras estrelas
que anunciavam a noite e ali permaneceram
à sua espera.
Como as estrelas, eu também estava a espera
de braços aconchegantes para me fazer adormecer,
mas eles quase nunca chegam...
Procuro entender,
pois sei que é tão solicitado,
que eu sou apenas mais uma
a esperar pelo seu tempo.
Enquanto espero, sigo na minha contemplação,
ansiosa para que não me esqueça.
Sem seus braços aconchegantes para me aquecer,
meu querido DEUS DO SONO,
eu não consigo adormecer.