JOSÉ DO PATROCÍNIO VOLTOU... 9h17min.
NOVA ABOLIÇÃO
Prossegue a escravidão implacável e crua...
Não mais senzala hostil, escura e desumana.
A incompreensão do amor, no entanto continua
Em domínio cruel de que a treva se ufana
Mas a luz do Senhor não teme, nem recua,
Na ansiedade e na dor, sublime, engalana.
E, das graças do templo aos sacarmos da rua,
Erige a liberdade augusta e soberana...
Irmãos do meu Brasil, encantador e divino,
Do amazonas ao Prata ergue-se a Deus um hino
Que exalça no Evangelho a grandeza de um povo!
Fustiguemos o mal, combatendo a descrença,
Descortinando, além da noite que adensa,
A alvorada de um mundo livre e novo.
José do Patrocínio nasceu em Campos (RJ), aos 9 de outubro de 1853, e desencarnou a 29 de janeiro de 1905. Farmacêutico, jornalista, romancista, poeta, impetuoso político e grande orador, membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Foi uma das figuras máximas na campanha abolicionista, e todo o seu pensamento convergia pra o bem da humanidade. Dados da FEB.
Adendo nosso. É mais um dos poetas que voltou através da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, em seu primeiro livro psicografado: Parnaso de Além Tumulo, quando o médium tinha 21 anos...
Hoje até pretendíamos escrever algumas palavras sobre o racismo, pois em nossa cidade, ontem teve uma passeata, contra o racismo, mas, que lamentavelmente terminou em sérios atos de extremo vandalismo, no Palácio do Governo, as bandeiras do Brasil e do Paraná, estavam ateadas a meio pau, em razão de luto, pois faleceram em acidente automobilísticos, três pessoas que tinha cargo no governo, e as bandeiras arreadas, simbolizavam o luto, em face do inesperado acontecimento... Nestes atos de extremos vandalismos, as bandeiras foram arrancadas e queimadas, pois os vândalos que se infiltraram na passeata, cometeram transloucados gestos...
Hoje, pela manha abrimos o livro citado ao acaso, caíram nestes versos deste autor, que veio bem de encontro com o tema que iríamos abordar. 9h30mi.
Curitiba, 02 de junho de 2020 – Reflexões do Cotidiano – Saul
Em tempo: estes versos foram colocados e 2017, mas não os localismos em nosso arquivo. https://www.recantodasletras.com.br/autores/walmorzimerman
mensagensespirtas.site. walmor.zimerman@bol.com.br