QUEBRANDO UMA PROMESSA
Acabou que não deu tempo...
De guardar em meus braços
Todos os seus abraços...
E também de fazer ninho
De todo o seu carinho
Contudo há ainda o alento...
Que vem através de lampejos
E sinto o gosto dos teus beijos...
Entrelaçando os meus lábios
Sem censurar os corolários
Mas o impetuoso vento...
Tratou de cerrar as cortinas
E a luz se obscureceu da retina...
De nada adiantou o exasperar
E só perfazendo posso sublimar
Mas no momento...
Tudo que vejo no espelho
Olhos marejados e vermelhos
E as lágrimas cortando o rosto
Já na pele... Formando um fosso
E não antevendo...
A febre logo passou
E veio o frio com furor...
Os olhos perderam o brilho
E agora margeiam o andarilho
Vou me benzendo...
Sob a proteção do meu Serafim
Auscultando acordes do seu clarim...
E por mais que qualquer dor perdure
Não posso guardar no frasco de perfume