DA MORTE À VIDA
Antes de morrer, viverei novamente
Se existir o amanhã, hoje não é o fim
Quando morre, produz; assim é a semente
Um coração que ainda sente, lateja dentro de mim.
O outono leva as folhas, chegou o baldão!
Uma aparência de morte paira no ar
Mas as raízes ainda estão fincadas no chão
É o suficiente pra um novo desabrochar.
Vendaval passou, da noite levou o luar
Saltos com paraquedas que não vão se abrir
Correntes invisíveis a me aprisionar
Caminhando entre os astros fica mais fácil cair.
Porém a queda precede o levantar
Sim,sei, sucumbi,mas não vou desistir
Ainda dá tempo de recomeçar
É só me lembrar pra onde tenho que ir.