Na Sala

Onde eu fui parar.

No seu olhar,

Preso na sala de estar.

Assistindo a morte chegar,

Ela está em todo lugar.

Por onde a gente passar.

Não vá.

Solidão...

Trovejar de paixão,

A onde vamos chegar?

Andando assim, sem parar.

Pelas ruas...

Sem máscara.

Mas, se você ficar, quieta.

Trancada, na sala.

Poderá escapar dessa.

Sanha... Assanhada,

Dessa figura triste,

Patética, desgrenhada.

Que insiste em te mandar,

Pra rua, chorar desgraça.

Desobedeça.

Ou vá devagar... Esqueça não esqueça.

A máscara... Cairá.

É massa... Mesmo.

Amar...

Sem preconceito, sem se armar.

Bom mesmo é deitar,

Nas ondas do mar.

Mas só quando essa onda passar.

Pássaro..

Passará!

Antonio Candido Nascimento
Enviado por Antonio Candido Nascimento em 16/05/2020
Código do texto: T6949204
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