Poesia - O Brasil da Pandemia
A menina que pede alimento em troca de uma máscara nos sinais de trânsito,
É o rosto de um Brasil mergulhado no caos,
No desemprego acelerado,
Vítima de um vírus letal e sem cura .
A menina que pede alimento em troca de uma máscara nos sinais,
É o símbolo de teus filhos,
Pátria da Mãe Gentil
Isolados, pedindo socorro
Sem alimento ou esperança.
Em filas enormes nos bancos em busca do Auxílio Emergencial.
A menina que pede alimento em troca de uma máscara
Recorre aos sinais em busca de alguma " esmola"
Apenas para sobreviver .
A menina que pede alimento em troca de uma máscara
É o retrato de uma pandemia que joga o País em sua mais profunda crise
Sanitária e econômica.
A menina que pede alimento em troca de uma máscara
É vítima dos ataques intempestivos de um louco presidente
Preocupado com a economia e não com a saúde da população.
A menina que pede alimento em troca de uma máscara,
É o símbolo de uma Nação à deriva.
Símbolo de uma avalanche de óbitos,
Pelos hospitais País à fora.
A menina que pede alimento em troca de uma máscara,
É um nó na garganta , um soco no estômago
Uma Mistura de sentimentos
Símbolo da realidade de muitos brasileiros.
A menina que pede alimento em troca de uma máscara no sinal,
É a maior vítima deste vírus,
O símbolo de uma Nação perdida,
Sem futuro ou esperanças.
Que depende da sua solidariedade,
Para voltar para casa ,
E não ter que olhar para geladeira vazia
Não ter o que comer .
A menina que pede alimento em troca de uma máscara no sinal,
Precisa brincar, estudar , ter uma infância.
E não se expor pelas ruas em meio a está pandemia ,
Em busca de alguns trocados.
Filhos desta Mãe Gentil,
Que agoniza em lágrimas e tristezas.