HEI DE VOLTAR...
(Ao ilustre e inesquecível poeta Mario Quintana)
Hei de voltar à minha terra um dia
quando a bruma tiver se dissipado
e as árvores bailando ao descampado
erguerem para o céu, a sombra esguia...
Quando bramindo o mar em tarde fria
Num sussurro noturno e murmurado
em suspiros de luz – Enamorado...
adormecer com terna maresia!
Hei de voltar à minha terra amada
num solene momento de agonia
quando aos toques do ocaso a “pardalada”
com os sinos chorar de nostalgia
Trazendo sobre o peito a mão cruzada
– Emblema de esperança e de poesia!
(Parto Alegre-RS, 1963)