Amarga

Esgota esta taça

amarga

dilui

na rapina da tarde

o rememorar

atitude gasta

na margem do Rio asceta

escala as pedras

esculpidas

subidas

descidas

arranha a pele

nos espinhos farrapos

argutas insígnias

o sol queima

as costas arfantes

a pele nova do réptil

sequioso que sufoca o peito

amargo remédio

desculpadas lembranças

a estrada paralela

levanta poeira

que impele os olhos

marejados

a boca

garganta seca

o eu tépido

lamenta pelo azul

perdido

da veia

velhas veredas

do cerrado autoimposto

um fim de todo recomeço

alerta.