Sempre a Crise mais Uma

SEMPRE A CRISE MAIS UMA

A crise maldita,essa chegou,

Crise que empobrece e desgasta!

Mas ao povo nada se explicou,

Não foi o povo que a encomendou,

Mas a tributação a todos arrasta!

Mas..se os bancos se gabavam,

De tantos milhões terem colhido!

Mas de repente nada acertavam,

E o crédito a todos cortavam,

E o cidadão é sempre espremido!

Maldita seja esta grande crise,

Mas com tantos entendidos!

Sabedores ninguém os minimize,

São doutores; ninguém os inferiorize,

Com planos ótimos bem-parecidos!

Ouve-se na rádio e na televisão,

Que todos são cheios de sabedoria!

Mas as tentativas são em vão,

Com os resultados que nos dão,

E a crise agravando-se dia a dia!

Ora digam-nos onde pára o dinheiro!

Pois tudo vai para a falência!

Faliu o senhor engenheiro,

Não produz mais o fazendeiro,

E o pobre vai perdendo a paciência!

Pede-se dinheiro emprestado,

Para comprar o apartamento!

Não podia pagar o arrendado,

O carro era velho; estava arrumado,

Sem dinheiro vive num tormento!

Férias à grande no estrangeiro,

Pedia-se mais dinheiro emprestado

Ia-se asim fazendo um mealheiro,

Ia-se juntando o ano inteiro,

Foi pensamento mesmo desastrado!

J. Rodrigues (Galeano

Galeano
Enviado por Galeano em 30/04/2020
Código do texto: T6933333
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