Sábado a noite
E comecei...
Como pode um sábado à noite, dia da maldade,
ser um entrave à felicidade?
Como se pode, ser escravo de um texto,
quando se está cheio de bondade?
“Mas hoje não é sábado”, - disse-me.
Ora, e nem eu sou bom.
Verificando aquele tom,
de extrema petulância,
deixei logo o recado, escrito a batom:
respeita a autoridade.
“você se acha o tal?” – indagou
Ora, eu sim. - e se calou.
E naquela noite,
repleta de afabilidade, consigo mesmo,
acordou pra vida e revelou o segredo:
Me desculpe Eu só falo sozinho quando bebo.