ÁGUA MENINA...ÁGUA PARA O FUTURO...Parceria Efigênia e Ary ]
[versos ímpar] Efigênia Coutinho (Mallemont) e Ary Bueno [versos par ]
Dedicado a Eda Carneiro
Tenho procurado mais água que
a terra, e onde esta, se não
espelha na onda, afigura-se-me
que está morta a natureza!
O caminho da procura, já me entristece
Por ver que na colina, a agua já não desce
O rio morre de forma lenta e tão implacável
Pela destruição do homem, de forma inexorável
Procurei água ao pé das geleiras,
onde gota a gota, estilando, entre
os granitos, beijava os macios
musgos e os miosótis azuis.
Só encontrei, carrapichos e espinhos
E a marca da destruição pelos caminhos
A única agua que ali então eu pude achar
Foram as lágrimas de Deus tristes a chorar
Murmura, balbuciava aquela água
alreira, como uma criança que
aprende a falar, provei, achei doce!
Onde a vida germina e cresce esperançosa.
Pois a lágrima divina, traz consigo bonança
E também uma tênue restea de esperança
Que um dia o ser humano ira de novo acordar
E aprender que a natureza se deve amar
Desci da geleira, pela encosta dos montes,
e arroios, regatos, e torrentes me cantavam
as alegrias da água criança tornada menina!
Não perturbando o sono da vida nascente!
Tinha eu a certeza, no coração latente
Que a nova geração, hoje de uma forma patente
Esta se concientizando, em seu coração inocente
Que devemos lutar, para nunca faltar, a agua doce e corrente....