O Perfume da Flor

Exalava seu odor

Pelo frescor do vento

Fiz-me emudecer

Houve um silêncio completo

Tinha-me feito até então

Indiferente e distraída

Com essa mesma mania

Estúpida de tudo saber

Tornava-me incapaz

De observar e sentir

O presente que a mim era dado

A cada amanhecer

Não me contento mais em ser

Coadjuvante da vida

Quero merecer o que a mim

É dado a cada manhã

Agora levanto um grito,

Mas não é um grito hostil

É um brado de quietude

De quem quer viver em paz.

Luciana Bruder
Enviado por Luciana Bruder em 11/10/2007
Código do texto: T689433
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