O Perfume da Flor
Exalava seu odor
Pelo frescor do vento
Fiz-me emudecer
Houve um silêncio completo
Tinha-me feito até então
Indiferente e distraída
Com essa mesma mania
Estúpida de tudo saber
Tornava-me incapaz
De observar e sentir
O presente que a mim era dado
A cada amanhecer
Não me contento mais em ser
Coadjuvante da vida
Quero merecer o que a mim
É dado a cada manhã
Agora levanto um grito,
Mas não é um grito hostil
É um brado de quietude
De quem quer viver em paz.