Existo porquê resisto
Terra seca , sofrida
Para os olhos sem vida.
No manto escuro da Terra,
A vida encerra!
O Milagre brota,
Sem o cuidado da cama macia,
Da enxada, somente o roçar
Da mão calejada, compartilho o veneno...
Eis que o céu chora por nós
E de esperança vem nos banhar!
E a vida agradecida, se segura,
Enraíza e por todo canto realiza!
Enxadas virão, venenos criarão,
Aqui estou! Me firmo,
Me mantenho porquê sou
predestinado a existir como o chão!