As lágrimas que caem dos teus olhos

Caminhava pela calçada, feliz

Pensando para mim, que belo dia

Um dia de sol, coberto alegria

Escutava os passarinhos

Nos seus cantos de anjos

Vi os jardins repletos de flores

Um belo quadro, poesia viva

Sentei num banco de jardim

Anestesiada pela beleza, que observava

Naquele momento. olhei para o céu

Agradecendo a Deus e aos anjos

Algo, mudou aquele momento

Um choro rasga, o som da manhã

outrora de belos cânticos e agora

Pelo choro de desespero de uma criança

O meu coração apertou em agonia

Grande a dor daquela criança

Era uma menina de rua, abandonada

Cujo o traje era magras roupas, esburacadas

No seu rosto magro, se viam as lágrimas

Que caiam, sem parar e no desespero

Ninguém parou, ninguém quis saber

Tudo passava rápido e incomodado

Eu assistindo inerte, sem sangue

Vendo o flagelo humano e falta de amor

A minha voz, queria gritar junto aquela criança

Caminhei em sua direcção e ajoelhei

Abraçando, aquela menina assustada

Cujo o irmão, morreu, na noite fria

A fome e ao abandono da sociedade

Quantas mais lágrimas precisam de ser

Derramadas nos rostos das nossas crianças

Para que o mundo, acorde para este flagelo

E continuam... A correr as lágrimas amargas

Mas confiante que amanhã será um novo dia...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 09/10/2007
Código do texto: T686820
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.