A volta do canoeiro!

Meia noite e meia, luz sem sol

Frisante frio na madrugada

Vento no combro farol

Pouca sorte enluarada!

Quase perdida, a vida que partiu

Sob um breu e um temporal

Na curva que salga o rio

Desdita de choro em vendaval!

Clamando aos céus, Deus e Jesus

Lágrimas de fé e mais nada

Milagre rogado ao pé da cruz

Num mar sem luz, de terra arrasada!

Sem findar noite, sem cessar dor

Sem alarmes, sem socorro

Na premente perda do amor

Antes que morras, eu morro!

...às gotas, insiste teimar a esperança

Enfim, ergue-se um mastro de “NAU”

De repente, ...súbito vem bonança

...é vida que segue, no gigante em sal!

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 02/02/2020
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