Tarde
Tarde bondosa,
Como uma menina prosa.
Esvazia a mente
Saudável e doente.
Encerrando as luzes do dia
Onde a ideia se cria
De um ser paciente,
Com o pensamento demente.
Aos poucos se esconde
Dando lugar ao inconsciente.
Tarde que espanta a luz
Do pequeno poeta e a cruz
No alto da serra
Onde se avista a pequena terra
De homens cheios de esperanças
Que remedeiam as lembranças
Dos amores,
Também das dores.
Tarde ambiciosa,
Semelhante a garota graciosa.
Leva consigo a paz
Que conquistou e a faz
De tudo um pouco dos sonhos,
Nos momentos risonhos.
Tarde bela
Que some e aparece na vela
Do poeta que escreve uma frase
De brilho, de esperança e de base
Para um novo dia.