FÉ NO PORVIR
Porque beijar o sol
Se eu posso abraçar a lua
Toda cheia nua
Se despindo só pra mim
Lua cheia me incendeia
Faz brilhar a emoção
Corpo queimando em brasas
No furor entre estações
Arco-íris no céu estrelado
Entre belas cores
No infinito azul
Nuvens choram
De ano em ano
Podendo ficar nas trevas
entre anos
Nas rachaduras do meu Sertão
De joelhos se curvando
Nas dores e aflições
Entre lágrimas e sorriso
Ergue seus braços
No sol escaldante
Clamando que o céu chore
No triste poço seco
Espelho trincado
Corrói o peito entrelaçando a alma
Jorrando nas córneas
Nas marcas do rosto
Castigado pelo sol
Essa penumbra percorre
Ao longo da vida
Na labuta as marcas dos calos
A força e tão gigante e bruta
No seu ego
A fé prevalece
Entre juras e preces
Do nobre irmão