Brado retumbante

soltaram-no(s)

repentinamente

nas nossas barbas

de molho inocentes

até quando sorriremos

apenas para disfarçar

a nossa vil tristeza

da alegria que mente

ó povo embrutecido

que se ignora presente

é hora de nos cuidarmos

como a quem se quer

e não deixarmos soltar

quem solto nos quer presos

onde estão vocês agora

entristecidos e enganados

agitai-vos no vosso trono

feito de lama e de fuligem

trazei o vosso respeito à tona

e imaginai uma pátria virgem

desflorada pela luz de um sonho

não percais a calma e a alma

segurai a vossa bandeira firme

serrai os dentes bradai e repudiai

a nossa casa é um templo sagrado

o lugar de um bandido é na prisão

empunhai a espada do ardor inusitado

mesmo que a lança corte a vossa mão

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 11/11/2019
Reeditado em 16/12/2020
Código do texto: T6792674
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