Corrosão
Temporal errôneo como nebulosas,
Sobre todas as nuvens pretas,
Pela falha da lua ainda viscosa,
Lunático, e eternas noites negras.
Sem visão para o pôr do sol,
Acampam vários no meu sofrer,
O fogo que consome cinza, cor do pó,
A um olhar fixo ainda sem crer.
Palmilho dos meus pés na floresta,
Como andarilhos do século real,
Atraso pela própria modéstia,
Que se cria acima do meu mal.
Distancio-me das duras entranhas,
Maléficos! Algo me destrói!
As brancas nuvens se desmancham,
O mal se pôs! Ácido que me corrói.
Onde há universo desigual...
Então lá eu não existo,
Um mundo com dias sem mal,
Um sonho do tempo pacífico.