Corrosão

Temporal errôneo como nebulosas,

Sobre todas as nuvens pretas,

Pela falha da lua ainda viscosa,

Lunático, e eternas noites negras.

Sem visão para o pôr do sol,

Acampam vários no meu sofrer,

O fogo que consome cinza, cor do pó,

A um olhar fixo ainda sem crer.

Palmilho dos meus pés na floresta,

Como andarilhos do século real,

Atraso pela própria modéstia,

Que se cria acima do meu mal.

Distancio-me das duras entranhas,

Maléficos! Algo me destrói!

As brancas nuvens se desmancham,

O mal se pôs! Ácido que me corrói.

Onde há universo desigual...

Então lá eu não existo,

Um mundo com dias sem mal,

Um sonho do tempo pacífico.

Samuel Oliveira da Costa
Enviado por Samuel Oliveira da Costa em 08/11/2019
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