Resoluto

Sinto minha alma como outono de primavera

Minha vida segue lívida e escura

Que as réstias cubram minha face crua

Devagar Desprender-me-ei depressa!

Imanente escrevo idílio obsoleto

Para subsidiar os resquícios de minha angustia

Minha ânsia é tão afável que me assusta

Como a aurora de um menino que não esqueço.

Levo para sempre o esquecimento dessa lembrança

Como o retinto mundo sem nenhuma cor

Eu amo a vida com quem ama a morte – Meu amor!

Vou ressudar quando a chuva não for esperança!

Um cheiro doce sinto em minha amarga vida

Como o frágil sorriso que ela chorou

Mas me prende mesmo depois que me deixou

Porque não era o realmente ela queria.

Ouço uníssono seu nome em meu silêncio

Resoluto não lutarei, é o que nego

Como o típico coração que carrego

O velame apagado em meu passamento.

(07.07.2018)

Ari Poeta
Enviado por Ari Poeta em 29/10/2019
Reeditado em 06/11/2019
Código do texto: T6782273
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