Resoluto
Sinto minha alma como outono de primavera
Minha vida segue lívida e escura
Que as réstias cubram minha face crua
Devagar Desprender-me-ei depressa!
Imanente escrevo idílio obsoleto
Para subsidiar os resquícios de minha angustia
Minha ânsia é tão afável que me assusta
Como a aurora de um menino que não esqueço.
Levo para sempre o esquecimento dessa lembrança
Como o retinto mundo sem nenhuma cor
Eu amo a vida com quem ama a morte – Meu amor!
Vou ressudar quando a chuva não for esperança!
Um cheiro doce sinto em minha amarga vida
Como o frágil sorriso que ela chorou
Mas me prende mesmo depois que me deixou
Porque não era o realmente ela queria.
Ouço uníssono seu nome em meu silêncio
Resoluto não lutarei, é o que nego
Como o típico coração que carrego
O velame apagado em meu passamento.
(07.07.2018)