O Limite do Infinito
Salve, salve, ave imaginação. Façamos pedidos a parte obscura da mente, retire aquela trama do buraco negro. A prenda a adorar horroridades, . faça como os que realmente fazem de conta, não acredite no fim, somente em outro começo, acredite que o mundo é uma mentira de longa perna.
Vamos correr atrás do poder, da grandeza maior que nós mesmos. Mesmo que não seja nossa vida, mas outro recomeço. Vale um gigante pra ter fé na crença de que podemos acreditar nesta mentira, nas pessoas, que em tudo mora a esperança.
Os dias vão correndo, tentando engolir os sonhos, vamos fugir destes péssimos dias.
Vamos encarar os péssimos dias, socar a pensamentos a muralha, afinal eles só existem para que existam os maravilhosos dias.
Viemos a esta mentira com destinos, palavras em um vento veloz, repletos de fatores que não nos fazem ser nós mesmos. Únicos de sangue, ligados pelo conceito. Seguidores da oposta parte idêntica, semelhante nos dramas.
Era uma vez as diferenças, aconteceu, houve um dia em que tudo parou. Os planetas não mais giraram, os pássaros não mais voaram, os passos foram cicatrizados. Tudo porque existem os porquês, bons amigos e amantes. Vendo tudo da janela suja de meus olhos.
A imaginação só tem limites que acreditarmos que ele existe. Adoro a menina de recados, a fineza que exige pensar, o clima nesta selva de espinhos, do alvo que somos. A fila de espera cresce, mas vidas não caem do céu.
Há mundos, um compreendido aos mortais, e o misterioso. Há diferenças e medo, há o explicável e o inexplicável. Há o possível de se acreditar e o impossível de se crer, é neste impossível que moram as raras bondades e as verdadeiras respostas.
O reconhecimento dói, a exclusão é uma aceitação sem conflitos. Há também o limite do infinito, que mora dentro de cada um, construímos em segredo este limite próprio.. Que limita nossas vontades e cria preconceitos. É este o jeito que vivemos, vendo as coisas do jeito errado, e não sentindo que a morte é o verdadeiro nascer, o despertar para a compreensão da vida.
Douglas Tedesco – 07/2004