BOLAS DE GUDE

Quero gravar

Todas as agonias.

Quero chorar

O pranto da saudade

E a tristeza dos momentos.

Quero ser os acordes

E um violino

E na fantasia

Jogar a tristeza fora.

Quero alçar meu vôo,

Cultuar a liberdade dos meus cantos,

Do meu pranto.

Quero que as lágrimas

Sejam bolas de gude,

E com elas sorrir e cantar,

Sem ter que chorar por dentro.

Quero fazer um brinde,

Enaltecer a verdade,

Sem ver que ela nunca existiu.

Mas,

Se tudo fosse verdadeiro,

O cometa perderia o espanto

E a alma,

Esgueirada em gargalhadas,

Rasgar-se-ia em bandeirolas

Para enfeitar a vida.

Genaura Tormin
Enviado por Genaura Tormin em 01/10/2007
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