Senhora do Porém
Todo mundo chega ao fundo. Se desliga e retorna ao começo, retoma o fôlego e parte para o infinito. Recolha as boas recordações, assim como os nosso donos fazem com os puros corpos.
Te guarda sempre, deixa a liberdade transparecer diante dos interrogativos. Ama a palavra mais bela, te purifica dela. Perante o reflexo sagrado desencrava da tua pele as mágoas e escárnios, não temas, pois os outros estarão contigo até que turvem o clã.
O silêncio e a ignorância me inspiram, devoram o possesso, língua que já não desafia, só fere, mas porque tal poder? Só eu pereço de inveja.
Vale a pena estudar os fracos, rir de seus.
Os dedos sangrentos voltam a agir no ato, desfazem ao laços, liberam o terror, longo grito, e a cortina abre, entra o raio penetrante na carne, esvai dor de lágrimas. Só teu íntimo sabe que ninguém está sozinho.
Que a solidão te procure, devore tuas fixações. O intocável todos tocam, o inimaginável todos imaginam, o invisível todos vêem, do vermelho Fazemos amarelo, parabéns aos grande segredos obscuro e ao sopro que obscura.
Tão serena ela leva, varre, nos faz remar na escuridão e muda o mundo... Fazendo teu sono me dar sono, teu medo me dar medo, tua tristeza me dar tristeza, então descobrimos um lugar, uma cidade chamada reciprocidade.