Sede saciada

Já nascemos famintos

dramáticos, carentes

Querendo sempre colo

e abraços quentes

A medida que crescemos

a sede só aumenta

A busca tem longas pernas

e pensamentos descontentes

Não se acha o que deseja

isso frustra os devaneios

As conquistas nunca chegam

o tempo faz os seus bloqueios

A felicidade efêmera

no cansaço busca o fôlego

e os castelos de cristal

se desfazem no temporal

No meio da caminhada

uma fonte jorra plena

Quem beber desta água

Saberá que vale a pena

Não está nos altares

nem nos momentos seresteiros

jorra do sangue derramado

Pelo sacrifício do Cordeiro

Essa sede é saciada

Pelo palavra que transforma

Enche o ser com o Espírito Santo

De alegria ele transborda

Elma Sales

Elma Sales
Enviado por Elma Sales em 27/09/2019
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