Sede saciada
Já nascemos famintos
dramáticos, carentes
Querendo sempre colo
e abraços quentes
A medida que crescemos
a sede só aumenta
A busca tem longas pernas
e pensamentos descontentes
Não se acha o que deseja
isso frustra os devaneios
As conquistas nunca chegam
o tempo faz os seus bloqueios
A felicidade efêmera
no cansaço busca o fôlego
e os castelos de cristal
se desfazem no temporal
No meio da caminhada
uma fonte jorra plena
Quem beber desta água
Saberá que vale a pena
Não está nos altares
nem nos momentos seresteiros
jorra do sangue derramado
Pelo sacrifício do Cordeiro
Essa sede é saciada
Pelo palavra que transforma
Enche o ser com o Espírito Santo
De alegria ele transborda
Elma Sales