DOR
Dor que corroi, lastima a vida andante,
O corpo estremesse da vítima que sofre,
Os versos divinos que amenizam a estrofe,
A coragem suplica na caminhada constante.
Ela chega de manso se instala sem piedade,
Aumenta cortando o sofrimento sem maldade,
Na aparência parece castigo mandado,
A carne doi, sentimento sofre, mas foi ofertado.
Quem dera soubessem todos que ela,
Carrega a paga do insensato vilão,
Que espera algum dia abrir a visão,
Receber indulto santo, gota que refrigera!