NEGRO
NEGRO
Do nascer sem paz
ao padecer sem saber porque
Da fome de leite
À fome de justiça
Do desrespeito
À fé no peito
De que um dia
o que é de direito
De alguma forma, será feito
E que o choro, e ranger de dentes
Serão abolidos
Dando lugar a liberdade do gritar
Do ser, e do amar
Ainda não vingou.
Mas, há de chegar
Salve zumbi!
Byron Barros/2019