Cicatrizes

As cicatrizes em minh’alma me tornaram gente que sente.

Gente que vive e sente.

Gente diferente dos seres que se parecem apenas com gente.

Nego-me a ser surdo muro.

Como diria Drummond, os muros são surdos.

Nego a vitimização sem sentido.

Tudo precisa ter e deter sentido.

Refuto a inversão dos valores morais.

Luz nas trevas...

As trevas temem a luz.

A luz do bem, não raras vezes, ofusca.

A verdade indesejada precisa ser dita e ouvida, em que pese os ímpios a desejarem ofuscada.

A verdade é verdade em qualquer tempo. Jamais, subterfúgio.

Urge o bom combate.

O bem não se pode calar, sob pena de o mal triunfar.

A lei cósmica universal implica o inexorável progresso.

Ante o acusador sem mérito, o silêncio é a boa resposta.

É desnecessária a defesa se imperceptível acusação – aprendi com o poeta.

A verdade é como o sol ao raiar do dia...

Resplandecerá.

Portanto, é preciso ser forte diante da vida e dos jogos utópicos de idas e vindas.

Tendo o coração para ver, ouvir e entender estrelas, a presença, certamente, fará a diferença!

Essa intromissão é desejada e desejável!!!

Lições são sempre aprendidas em quaisquer situações.

Silenciar traz respostas.

Não raro, a indiferença pode ser a diferença.

Cicatrizes existem e me fazem sobrevivente – dos outros e de mim mesma.

Sinalizam feridas ou chagas curadas.

Vestígios que deixam as folhas e ramos articulados ao caírem da árvore da vida...

Professora Ana Paula
Enviado por Professora Ana Paula em 10/09/2019
Código do texto: T6742159
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.