SUICÍDIO
Como se estivesse na beira do abismo
desisto, persisto, recuo
o único refúgio é fugir da mente
e no caos dela encontrar refúgio,
tampar os olhos pra realidade
junto da ansiedade o sono as tramóias paranoias
que o pensamento cria historias
que nunca acontecerão
ele é absurdo!
e os que sobreviverão surdos
em trajetórias das vidas que nos fazem mudos
por medo
como consequência de abusos,
parentes descontrolados
A FALTA DO AFETO NÃO GERA AFETO
A FALTA DO AFETO
NÃO GERA AFETO
Aos consolados, meu suicídio é dedicado!
isoladas, crianças atrofiam ossos reprimidas,
não sabem o que fazer com o ócio
crescem e não tem tempo pra viver,
na correria, na voz que não sai
infelizes querem morrer!
até crescer ainda viva
o suicídio passou batido, o medo da morte também.
tentativa de suicídio.
morremos um pouco todo dia
se estivéssemos mortos a vontade seria
de estar viva
pra saber como é viver.
poesia em breve falada em vídeo com parceria da Maria rosa flor.