SUICÍDIO

Como se estivesse na beira do abismo

desisto, persisto, recuo

o único refúgio é fugir da mente

e no caos dela encontrar refúgio,

tampar os olhos pra realidade

junto da ansiedade o sono as tramóias paranoias

que o pensamento cria historias

que nunca acontecerão

ele é absurdo!

e os que sobreviverão surdos

em trajetórias das vidas que nos fazem mudos

por medo

como consequência de abusos,

parentes descontrolados

A FALTA DO AFETO NÃO GERA AFETO

A FALTA DO AFETO

NÃO GERA AFETO

Aos consolados, meu suicídio é dedicado!

isoladas, crianças atrofiam ossos reprimidas,

não sabem o que fazer com o ócio

crescem e não tem tempo pra viver,

na correria, na voz que não sai

infelizes querem morrer!

até crescer ainda viva

o suicídio passou batido, o medo da morte também.

tentativa de suicídio.

morremos um pouco todo dia

se estivéssemos mortos a vontade seria

de estar viva

pra saber como é viver.

poesia em breve falada em vídeo com parceria da Maria rosa flor.

Beleléu Leléu
Enviado por Beleléu Leléu em 26/08/2019
Código do texto: T6729757
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