CHUVAS
Chove lá fora
e aqui dentro do meu peito, também.
Aos poucos, a chuva molha o chão.
Enquanto o pranto inunda o meu coração,
para os meus sentimentos confusos
não encontro explicação.
Por isso, não reajo;
só os sinto e assim, me deixo transbordar pelo aguaceiro,
que cai impiedoso no solo da minha alma.
Que me fertilize!
Que me traga multiplicação!
Que o choro seja útil, afinal!
Só assim saberei que, cada vez que eu chorar
uma semente nova vai brotar, de esperança.