"Eu, Um Gênio..." = Poesia=
Como todos perceberam, sou um Gênio ativo
Aproveitando essa minha grande genialidade
Vou dar para a tevê um toque muito exclusivo:
Um programa só com notícias boas de verdade
Dois apresentadores, muito risonhos e felizes
Que entre risadas e gargalhadas comunicariam
O que houve de bom no mundo, e sem deslizes
As coisas más, ruins, os redatores suprimiriam
Diriam, pra começar, que o dia correu todo bem
Que escândalo algum foi descoberto em Brasília
Que não houve acidentes, não morreu ninguém
Que jamais existiu tanta harmonia em família
Que os partidos políticos disputavam um torneio
Sem qualquer lucrativa ou financeira finalidade:
Uma disputa para ver quem não faria papel feio
E ganharia no fim do ano o Troféu Honestidade
Depois dos comerciais inevitáveis, anunciariam
Com sorrisos que lhes iriam de uma a outra orelha
Que as crianças do mundo, de fome não morreriam
Por que todo adulto se tornou uma Cruz Vermelha
Contariam alegremente que a paz agora é universal
Que árabes, judeus e palestinos se deram as mãos
Que todos os povos estão unidos, não se querem mal
Que todos nós, seres humanos, nos tornamos irmãos
Que o câncer, em todas suas formas, está debelado
Já existem vacinas para todas as doenças existentes
E são muitos os meses em que ninguém é assassinado
Enfim, apenas boas notícias a nos deixarem contentes
Com esse formato inédito, exclusivo, fora dos padrões
Talvez a emissora que o transmita lucro nenhum aufira
Mas já pensaram que gostosas seriam as nossas ilusões
Se por um tempo a gente escutasse a “Hora da Mentira’?
Como todos perceberam, sou um Gênio ativo
Aproveitando essa minha grande genialidade
Vou dar para a tevê um toque muito exclusivo:
Um programa só com notícias boas de verdade
Dois apresentadores, muito risonhos e felizes
Que entre risadas e gargalhadas comunicariam
O que houve de bom no mundo, e sem deslizes
As coisas más, ruins, os redatores suprimiriam
Diriam, pra começar, que o dia correu todo bem
Que escândalo algum foi descoberto em Brasília
Que não houve acidentes, não morreu ninguém
Que jamais existiu tanta harmonia em família
Que os partidos políticos disputavam um torneio
Sem qualquer lucrativa ou financeira finalidade:
Uma disputa para ver quem não faria papel feio
E ganharia no fim do ano o Troféu Honestidade
Depois dos comerciais inevitáveis, anunciariam
Com sorrisos que lhes iriam de uma a outra orelha
Que as crianças do mundo, de fome não morreriam
Por que todo adulto se tornou uma Cruz Vermelha
Contariam alegremente que a paz agora é universal
Que árabes, judeus e palestinos se deram as mãos
Que todos os povos estão unidos, não se querem mal
Que todos nós, seres humanos, nos tornamos irmãos
Que o câncer, em todas suas formas, está debelado
Já existem vacinas para todas as doenças existentes
E são muitos os meses em que ninguém é assassinado
Enfim, apenas boas notícias a nos deixarem contentes
Com esse formato inédito, exclusivo, fora dos padrões
Talvez a emissora que o transmita lucro nenhum aufira
Mas já pensaram que gostosas seriam as nossas ilusões
Se por um tempo a gente escutasse a “Hora da Mentira’?