A ESPERANÇA

Andaram reclamando que minhas poesias estão tristes.

Verdade seja dita: é o momento, mas vai passar.

Ao contemplar a natureza, o sol subindo no horizonte,

Os beija-flores, os canários e até sanhaços,

Tiritando e se enroscando uns aos outros

Na disputa por uma bicada de água doce

Meus pensamentos vagueiam distantes

Talvez se pergunte por quê essa mudança no humor?

Por quê esse astral alegre, criançola e descontraído?

A conversa franca, a sinceridade, a mente aberta

A certeza do pensamento, o objetivo de vida, a fé

A robustez do querer, a franqueza exposta no olhar

Quando isso tudo se junta, em um momento agradável,

Não há tristeza, não há nada, que não se torne esvaído!

Aí retornam os pensamentos alegres e bons

Aí afluem as lembranças dos momentos lindos

Os momentos de afeto e comunhão total,

Os momentos que tudo foi cem por cento

Os momentos de arraso, de Brasil e Alemanha,

Dos beija-flores e dos quero-queros do tererezeiro

E a certeza que isso se tornará findo!

Restam a esperança dos reflorescimentos

das novas vidas brotadas em seus baixios

Das relvas tenras dos leitos de rios vazios

Revigorando a vida em alegres madrigais

Efeito das enchentes medonhas e temporais

Faz-me esquecer: O Brasil e Alemanha

Para alegria de lembrar as belezas dos Pantanais.

Érico Mendonça
Enviado por Érico Mendonça em 30/06/2019
Reeditado em 08/01/2023
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