ALBERTO DE OLIVEIRA “VOLTOU”... 11h53min.

JESUS

Quanta vez, neste mundo, em rumo escuro e incerto,

O homem vive a tatear na treva em que se cria!

Em torno, tudo é vão, sobre a estrada sombria,

No pavor de esperar a angústia que vem perto!...

Entre as vascas da morte, o peito exangue aberto,

Desgraçado viajor rebelado ao seu guia,

Desespera, soluça, anseia e balbucia

A suprema oração da dor do seu deserto.

Nesta grande amargura, a alma pobre, entre escombros.

Sente o Mestre do Amor que lhe mostra nos ombros

A grandeza da cruz que ilumina e socorre;

Do mundo é a escuridaão, que sepulta a quimera...

E no escuro bulção só Jesus persevera,

Como a luz imortal do amor que nunca morre.

Este poeta marcou sua presença neste livro* com três belíssimas poesias, através das abençoadas mãos de Francisco Cândido Xavier, que não está mais entre nós, pois desencarnou em 30 de junho de 2002, porém, deixou para nós um precioso legado, pois foram quase cinco centenas de preciosos livros, que abrangem Filosofia, Ciência e aspectos de Religiosidade. Como não lembrar os seus históricos romances: Renúncia, Há Dois Mil Anos, 50 Anos Depois e Saulo Estevão e outros mais que estamos deixando de mencionar...

*O livro Parnaso de Além Túmulo, foi o seu primeiro livro, editado em 1932, na época o sensitivo tinha somente 22 anos, por diversos motivos concluiu tão somente o curso primário, sendo como poderia “imitar” estilos de poetas de destaque nacional, que em vida deixaram obras de incontestável valor literário... Em face disto não deixa der uma prova incontestável de sua mediunidade...

“Alberto de Oliveira. Fluminense, nascido em Palmitar de Saquarema, em 1859, e falecido em Niterósi (RJ) em 1937. Farmacêutico, dedicou-se principalmente ao magistério. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, parnasiano de escol, foi tido como Príncipe dos Poetas de sua geração”. FEB 12h24min.

Curitiba, 14 de junho de 2019 – Reflexões do Cotidiano- Saul

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