FILHOS DESAPARECIDOS
Hoje, não sei o porquê,
Veio-me na mente
As mães que sofrem querendo ver
Os filhos que desapareceram
E desde então desfaleceram
Trespassadas de dor
Com a “espada” da saudade
Que a alma invade
E furta o seu viver.
Uma dor inimaginável
Para quem vive amigável
Com os seus...
Meu coração agora chorou
Quando os prantos delas...
A Minh ‘alma tocou.
Tenho certeza que por nenhum segundo
As lembranças dos filhos cairão ao fundo
Do esquecimento.
E o grito do lamento ecoa
E nos tímpanos ressoa
Daqueles que se condoem.
Triste sina
Que desatina
E assassina uma pobre mãe
Que se propõe
A chorar e só chorar
Até o seu filho encontrar.
Ênio Azevedo.