AGRADEÇO, SUPLICO... PADEÇO...

Grito...

Todos os dias que acordo

Agradecida por este sol que ilumina

Para as flores que admiro

Para a gente que me circula...

Pelo alimento que meu corpo recebe

Pela alegria que emana do meu ser

Pela certeza de que sou feliz

Pela paz que procuro, e sinto.

Pela força que impulsiona minha vida

Motivando meu viver.

Grito... Grito, sim!

Um grito ousado, pelos desafortunados.

Pelo luto gratuito que paira nos lares

Para a injustiça que contemplo

Para os sonhos destruidos cruelmente

Para o que passou, perdeu-se no tempo

Deixando o gemido da derrota estampada

Em cada rosto que contemplo pelas

Ruas e avenidas desta vida, desvalida.

Para o que virá, seja como for...

Grito... Grito, sim!

Por todas as dores que obrigam lágrimas saltar.

Por todo amor não correspondido, interrompido...

Grito por tudo que desejo de melhor para este mundo

Grito... Um grito sufocado, maltratado, magoado,

Injustiçado, incompreendido, ignorado.

Infeliz, contemplo meu próximo...

E, por um instante, este grito emudece,

Triste, desapontado... Ecoa como uma prece

Nas pobres rimas do poeta que padece.

01/02/2007

Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 23/09/2007
Reeditado em 29/04/2013
Código do texto: T665557
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