Eu sou vento
Ventos que sopram entre muros,
Da pedra que se empilha em protesto,
Ventos que batem como murros,
Contra a dificuldade eu me testo,
Entre frestas breves uivos,
Que do muro permanece e sobrepassa,
Umidade tão escassa,
Vontade que transpassa,
Do vento se torna viúvo,
Nunca que ventania cede ao corpo terrestre,
Pode não mover montanha,
Mas estremece,
Está na minha entranha,
Que nunca me esquece,
Trás sensação estranha,
Porém me escarnece,
Me confunde e emaranha,
Não me aquece,
O ápice que ninguém merece,
Quando achar o fim de teus limites,
Recomece,
Apesar de machucar,
Querer chorar,
Você merece,
Se acha que a escuridão vence,
Então perece,
Mas brilhe brilhe corpo celeste,
Nada é fim,
Tudo é teste,
E o que não consegue te vencer,
Te encarece,
Só deixe soprar.