AS SIRENES DA FÁBRICA
Apenas sigo comigo, prossigo ...
As sirenes da fábrica já não chamam mais
E o tempo demoliu as construções de outrora.
Apenas sigo, busco, persigo,
As sirenes da fábrica que chamavam demais
E o tempo cobriu de limo os portais da aurora.
Paisagem árida, mas válida.
O corpo já não corresponde.
Há esperança, não bonde:
Viver, ainde que esfrie, é vida cálida.
Nunca fui do tipo que se lamuria.
Espinhos perfuram ... Arranco
Espinhos e rosas, faço noite dia
Num retrato em preto e branco.