Campestre

Tenho saudade dos amores bonitos

Dos cantos enamorados do tempo de outrora

Onde a paz se movia

Os olhares se cruzavam

Os lábios se beijavam

E as almas se uniam

Lembro dos contos românticos

Conversados na roda de amigos

O gargalhar e as vozes trêmulas

Dos encontros escondidos

Das vezes que a gente corria contra o tempo

Só pra abraçar o amor da mocidade

Há um grito enxuto na garganta

Os beijos molhados já não existem

Os corpos estão vazios

E as almas estão vagantes

A sede aumenta

E corta os lábios com o sol de verão

Espero que a chuva caia novamente

E molhe os corações áridos...

Que as sementes voltem a germinar

Para que as almas possam reviver

E se tornem campos floridos

SantosRine
Enviado por SantosRine em 17/05/2019
Código do texto: T6649202
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