Campestre
Tenho saudade dos amores bonitos
Dos cantos enamorados do tempo de outrora
Onde a paz se movia
Os olhares se cruzavam
Os lábios se beijavam
E as almas se uniam
Lembro dos contos românticos
Conversados na roda de amigos
O gargalhar e as vozes trêmulas
Dos encontros escondidos
Das vezes que a gente corria contra o tempo
Só pra abraçar o amor da mocidade
Há um grito enxuto na garganta
Os beijos molhados já não existem
Os corpos estão vazios
E as almas estão vagantes
A sede aumenta
E corta os lábios com o sol de verão
Espero que a chuva caia novamente
E molhe os corações áridos...
Que as sementes voltem a germinar
Para que as almas possam reviver
E se tornem campos floridos